1995.

O ano de 1995 trouxe algumas duras lições:

  • Primeiramente, não tem Copa do Mundo
  • É o primeiro ano da escola. E ai é complicado, pois na primeira série não dá pra levar brinquedo na sexta-feira, os amiguinhos são novos (nem todos porque muitos alunos que conheci ali eram do período de educação infantil), e começou um troço chamado matemática, que eu vou te dizer… ô bagulho do demônio!
  • Foi ano que comecei a ir na igreja. Não que ir na igreja seja chato, mas… tá bom, vai. É chato pra caramba.

Impossível não lembrar deste ano associando a vida ao repertório musical da época. Foi o ano em que surgiu o É O TCHAN, MAMONAS ASSASSINAS, COMPANHIA DO PAGODE com a tal “Boquinha da garrafa”. Cara, eu cresci ouvindo essas coisas ai. Me lembro dos meus irmãos 7 e 9 anos mais velhos do que eu indo aos famosos bailinhos. Na minha opinião, muito melhor que este esquema atual de paquera.

Era o ano auge de Raça Negra. Foi período de fartos churrascos ao som de “É tarde demais”:

“Você jogou fora o amor que eu te dei
O sonho que sonhei, isso não se faz
Você jogou fora a minha ilusão, a louca paixão
É tarde demais” ♪

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Raça Negra: se você não gosta, só lamento. (Imagem retirada dele, advinha… o Google)

Puta saudade!

Não tinha um a do que reclamar da rotina. Como eu estudava de tarde, acordava umas 9h, assistia desenho e ia estudar. 17h30 já estava em casa. Nem tirava a uniforme com o logo GG (Gumercindo Gonçalves) e já ia brincar de futebol na rua. Neste período, o asfalto era frequentado por nós, crianças, e pelos adolescentes e jovens mais velhos. Não tinha essa patifaria de hoje em dia com ruas vazias e redes sociais lotadas. Esconde, esconde; mãe da rua; bolinha de gude eram as atrações diárias. Será que isso existe ainda? Ah, tinha o pessoal do Betis (jogo de tacos), não era muito minha praia, mas ver a rua movimentada assim era um barato.

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Logo da minha primeira escola. (Imagem retirada do Facebook do Gumercindo Gonçalves)

Foi ano em que percebi que tinha primos. É sério! Eu sabia que eles existiam, afinal, ainda no parquinho eu estudava com a minha prima Lorine, mas essa coisa de ficar louco para ver eles só fui conhecer em 95 mesmo. Meus primos moravam na rua Cruz e Souza, ali na Árvore Grande. A sensação de visitá-los era  um prazer indescritível. Sobretudo porque era o início da era dos vídeo games.  O tal do Mega Drive com jogos como Street Fighter e Mortal Kombat. Aliás, por falar nisso, eu sempre fui um bom telespectador de jogos de luta. É engraçado pensar que eu gostava de ver os caras jogando fliperama e vídeo game dando aqueles golpes mirabolantes com o personagens e eu simplesmente curtindo somente assistir.

Me lembro do inesquecível fim de ano. Um réveillon histórico para mim que aliás, foi em casa mesmo. Foi a primeira vez que eu percebi que estava indo dormir bem de madrugadão: invcrível 1h30 da manhã. Hahaha!

Na medida do possível 1995 foi um ano muito legal. Uma boa porta de entrada para consciência do que viria a ser a vida sem ser sentida pelas fragrâncias dadas somente pelo futebol.

 

Um pensamento sobre “1995.

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